"Uma das coisas que nós [o Exército dos EUA] vamos fazer é treinar, aconselhar e ajudar os exércitos de outras nações para que possam se proteger e manter a estabilidade nos seus próprios países", disse recentemente o general do exército dos EUA Mark A. Milley.
O problema é que eles não conseguem. O Afeganistão ou o Iraque são bons exemplos.
As Forças Armadas do Afeganistão, que são 200 mil soldados e que foram treinados pelos EUA, foram incapazes de defender o país do Talibã após a retirada das tropas dos EUA.
Na Síria, os EUA ofereceram treinamento a um número limitado dos soldados da chamada oposição moderada. Em teoria, Washington queria criar um exército rebelde com milhares de soldados. O programa dos EUA de 500 milhões de dólares, no entanto, preparou menos de uma centena de soldados e, finalmente, resultou em "quatro ou cinco" soldados treinados. A maioria dos restantes se juntou aos grupos radicais, como o Estado Islâmico, Frente al-Nusra, Al-Qaeda, ou foram mortos.
"A ajuda militar dos EUA parece muito melhor no papel do que na prática".
Todos esses exemplos podem servir de sinal para a Ucrânia. Os soldados ucranianos podem acabar sendo bem treinados e bem equipados, mas incapazes de combater, como muitos dos seus colegas no Iraque, na Síria ou no Afeganistão.