O documento contabiliza 10 milhões de pessoas no planeta sem nacionalidade. O fato, especialmente nas crianças, segundo a ACNUR, provoca sentimentos de discriminação e desesperança que podem se prolongar por toda a vida.
Segundo o alto comissário das Nações Unidas, António Guterres, não ter pátria é uma condenação a uma vida de discriminação. A ACNUR destaca os depoimentos das 250 crianças que estão no relatório da agência.
Os menores apátridas se descrevem como invisíveis, sem valor, cães de rua, extraterrestres, entre outros adjetivos, e dizem que constantemente são condenados a viverem sem valor. Por vezes, eles não têm acesso a direitos básicos de qualquer cidadão, como o de estudar.
A ACNUR defende que o problema é de fácil solução, bastando as crianças poderem ter a nacionalidade dos países onde nascem, caso não obtenha a de seus pais. A agência ainda pede que todas as nações permitam que todas as mulheres possam registrar seus filhos com a mesma pátria da genitora.