A nova troca de farpas entre Pequim e Washington se deu após o comandante das Forças Armadas dos EUA no Pacífico, almirante Harry Harissa, ter declarado nesta terça-feira (3), em Pequim, que os EUA continuarão com suas operações "onde e quando quiserem" em conformidade com o direito internacional, destacando que o mar da China do Sul não é uma exceção nesse sentido.
"Eles [EUA] insistem em transitar seus navios por águas adjacentes a ilhas pertencentes à China para mostrar sua força sob o pretexto da liberdade de navegação. Esta é uma provocação descarada" – disse a porta-voz oficial do ministério chinês das Relações Exteriores Hua Chunying ao comentar a declaração do almirante americano.
"Junto à sua crescente presença militar no mar do Sul da China e a constantes exercícios militares com seus aliados, os EUA estão especulando sobre o tema da chamada militarização no mar do Sul da China e insistem para que a China não instale infraestruturas de defesa em seu próprio território. É uma tentativa de privar a China do direito de se defender como um Estado soberano" – acrescentou Chunying.
Ela destacou ainda que o reforço da presença militar dos EUA no mar do Sul da China é simplesmente "um pretexto para a estratégia de alguém para mudar o equilíbrio de poder na região da Ásia-Pacífico".
Hua Chunying frisou ainda que a China está determinada em defender sua soberania, segurança e interesses legítimos.
"Nós darem uma resposta definitiva à provocação deliberada por parte de qualquer país" – declarou a porta-voz da chancelaria chinesa.
A China considera as Ilhas Spratly como seu território e por isso pensa que os EUA prejudicam a soberania e segurança do seu país. Os EUA dizem que vão continuar patrulhando as águas, se considerarem que isso está em conformidade com o direito internacional.