Segundo Peskov, que deu uma entrevista coletiva hoje, são "temas absolutamente distintos, e não é necessário os vincular".
Respondendo a outra pergunta, sobre o encontro, na segunda-feira, entre o presidente Vladimir Putin e o ministro dos Transportes Maksim Sokolov, ele disse que "o encontro de ontem foi, na verdade, integralmente dedicado ao trabalho da comissão estatal [de investigação do acidente], encabeçada pelo ministro".
A versão de um eventual atentado terrorista contra o avião da empresa russa Kogalymavia, que transportava 217 turistas russos e sete membros da tripulação, surgiu no sábado, dia da queda. Nesse dia, na altura em que a queda já havia sido comprovada, um grupo terrorista ligado ao Estado Islâmico reivindicou o acidente como ataque terrorista, apresentando como prova um vídeo. O vídeo provou depois ser falso.
No entanto, a mídia estadunidense informou nesta terça que um satélite dos EUA tinha detectado uma "explosão térmica" na zona da queda. Esta informação ainda não foi comentada. Mas é sabido que essa região da península do Sinai é palco de ações militares e confrontos com terroristas.
O acidente não teve sobreviventes. Domingo, 1 de novembro, foi declarado dia de luto em toda a Rússia; já a cidade de São Petersburgo tem luto até hoje, inclusive.
No domingo e na segunda-feira, as entradas das embaixadas da Rússia em vários países ficaram cobertas com coroas de flores, brinquedos (entre as vítimas da queda do A321 havia 25 crianças) e lembranças.
Corpos
Uma parte dos restos das vítimas da catástrofe já chegaram à Rússia. Segundo o interino do chefe do Centro de Administração Anticrise Nacional do Ministério para Situações de Emergência da Federação da Rússia, Aleksei Smirnov, nove dos 140 corpos e "mais de 100 fragmentos de corpos" que chegaram a São Petersburgo já foram identificados.
As autoridades de várias regiões da Rússia, inclusive de Pskov e de Arkhangelsk, de onde eram naturais as vítimas, se encarregaram de organizar os funerais.