'Até a guerra tem regras'

© REUTERS / Stringer Um veículo médico perto do prédio do hospital destruído da MSF em Kunduz
Um veículo médico perto do prédio do hospital destruído da MSF em Kunduz - Sputnik Brasil
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"Até a guerra tem regras", rezava um cartaz na manifestação a favor da causa da organização internacional de caridade Médicos sem Fronteiras (MSF) na terça-feira nos EUA.

Ontem houve uma jornada mundial de apoio à MSF, um mês depois de um hospital administrado pela organização na cidade afegã de Kunduz ter sido brutalmente bombardeado pela aviação estadunidense.

Além dos EUA, houve uma outra ação na capital argentina, Buenos Aires, na Espanha, Itália, Bélgica (a ação nesse país foi encabeçada por Meinie Nicolai, presidente da MSF).

A jornada de memória coincide com a assinatura por mais de 400.000 pessoas da petição publicada no site Change.org exigindo que o presidente dos EUA, Barack Obama, inicie um inquérito independente sobre o ataque ao hospital em Kunduz. No momento, a petição tem 418.676 assinantes.

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O comando das Forças Armadas dos EUA no Afeganistão assumiu a responsabilidade pelo ataque, alegando que se tratou de um "erro". Mas este não foi o único erro. O representante do Departamento da Defesa, Jeff Davis, ao justificar uma outra ação dos militares, a derrubada do portão do hospital com um caminhão, pensando que não haveria ninguém dentro, disse novamente: "Foi por engano".

O hospital da MSF em Kunduz foi bombardeado em 3 de novembro pela Força Aérea dos EUA. De acordo com declarações oficiais, o comando militar possuía informações que alegavam a presença de terroristas do movimento Talibã no território do hospital, o que serviria de justificação para o ataque. Mas só havia médicos e pacientes dentro.

Em uma sala, uma operação estava sendo realizada. Ficou sem terminar por causa do bombardeio súbito, e o paciente morreu.

Uns dias mais cedo, no final de setembro, a cidade de Kunduz se tornara palco de confrontos entre o Talibã e as forças do governo afegão.

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