Com isso, as receitas passam de R$ 1,402 trilhão para R$ 1,441 trilhão.
O relator disse que a tarefa do acréscimo na arrecadação será trabalhada agora pelo relator-geral da proposta, deputado Ricardo Barros (PP-PR), que cuida da análise das despesas públicas.
Barros terá à disposição R$ 31,4 bilhões, que é o valor que vai sobrar após as transferências de R$ 7,6 bilhões para estados, Distrito Federal e municípios. Para o Congresso, a receita primária líquida é o número que importa.
Conforme o relatório do senador Acir Gurgacz, só com vendas de imóveis da União e com a licitação de hidrelétricas, portos e aeroportos, o ganho estimado será de R$ 22,5 bilhões, recursos exclusivos da União.
Através do aumento de tributos, o levantamento do senador prevê R$ 9,7 bilhões brutos, ou R$ 2,2 bilhões líquidos, que vão ficar com a União após transferências.
O relatório aponta ainda arrecadação de R$ 10 bilhões, em 2016, com a venda de imóveis da União situados na Amazônia Legal.
A receita estimada pelo senador poderia ter sido maior, se ele não tivesse reduzido a previsão de crescimento do produto interno bruto (PIB) para 2016, que passou de 0,2% para —1%. O rebaixamento retirou R$ 11 bilhões da arrecadação federal.
Agora o parecer do senador Acir Gurgacz segue para votação na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). O senador poderá ainda fazer ajustes no texto com base na grade de parâmetros econômicos de 2016, que o governo terá de enviar à comissão até o final de novembro.