De acordo com a mídia britânica, a Rússia foi incluída na relação devido à crise ucraniana, mas a incerteza sobre as causas da queda do Airbus A321 da companhia russa Kogalymavia (Metrojet), no Egito, teria aumentado as preocupações de Londres.
"Os últimos cinco anos têm visto uma série de desenvolvimentos internacionais, que vão desde o crescimento da radicalização e do fundamentalismo às preocupações cada vez maiores em torno do nosso abastecimento energético e a agressão crescente da Rússia", diz o resumo da próxima Estratégia de Segurança Nacional britânica.
"As ações da Rússia na Ucrânia introduziram pontos de interrogação sobre o papel e o futuro das operações da OTAN nos países vizinhos e despertaram de novo a ameaça representada pela Rússia aos Estados da Europa Oriental e do Báltico, alguns dos quais são membros da OTAN e/ou da União Europeia”, lê-se na seção do manual sobre a Rússia.
Mais compreensivelmente, a ameaça do terrorismo internacional decorrente do Estado Islâmico e da Al-Qaeda ficaram no topo da lista dos perigos percebidos pelo governo britânico.
"A interação entre as duas organizações, e seu encorajamento de outros para seguir seus caminhos, renovaram e aprofundaram o desafio em todo o Oriente Médio e África", afirma o relatório.
Entre as outras ameaças listadas no documento, destacam-se ainda a onda de instabilidade provocada pela chamada Primavera Árabe, que “começou como uma série de revoltas populares contra regimes autoritários, mas gerou convulsão política, desordem civil e conflito em todo o Norte da África e no Oriente Médio”; a volatilidade da situação na Ucrânia; o "autoritarismo e as violações persistentes dos direitos humanos por parte do governo chinês"; a segurança cibernética e o crime organizado; as mudanças climáticas; os "níveis crescentes de deslocamento e migração forçados da população"; a infraestrutura energética e, por fim, as transformações na economia e a estagnação na zona do Euro.