China desenvolve avião para concorrer com Boeing e Airbus

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A China revelou o seu primeiro grande avião de passageiros, o C919, atraindo as atenções do mundo mais uma vez. Por que razão a China está desenvolvendo grandes jatos em uma altura em que existem relações estáveis entre fornecedores aeroespaciais e consumidores?

Em 2009 as grandes empresas de aviação civil Boeing e Airbus publicaram um relatório sobre o mercado de aviação global e a sua previsão para os próximos 20 anos.

O que é interessante é o fato que ambas as empresas sublinharam que o crescimento estável e relativamente rápido da economia chinesa desempenharia um papel importante na criação de mais demanda no mercado. O relatório estimava que nos próximos 20 anos a China tivesse de construir até 3.800 novos aviões, cujo custo atingiria cerca de US$ 400 bilhões. 

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Além dos benefícios econômicos, a produção de grandes aviões trará um efeito econômico de sobreposição. Segundo uma pesquisa realizada no Japão, calculando o custo por unidade, a relação de um navio é 1, de um carro é 9, de um computador – 300, de um avião regional é 800 e dos motores de aeronave é 1.400. Então, o valor econômico dos grandes aviões é bastante alto sem dúvida.

Além do alto valor econômico, a produção de grandes aviões também tem um significado estratégico. Desde o início da história de aviação, a indústria aeronáutica civil é considerada como básica. Todos os líderes da indústria de aviação civil  (inclusive a Boeing e a Airbus) produzem aviões quer civis quer militares. Por exemplo, o exército dos EUA é o maior consumidor da Boeing e a razão para isso é muito simples.

Além dos custos reduzidos e lucros aumentados, a principal razão é o processo universal de construção. 

Para além disso, as funções especiais dos aviões na sociedade moderna são cada vez mais valiosas. No futuro, o uso de aeronaves será cada vez mais importante para lidar com situações de emergência, tais como desastres naturais, a evacuação de pessoas em larga escala, transporte de bens, etc.

Sem inovação e desenvolvimento tecnológico neste domínio, não só a China será "administrada por outros", mas também não será possível elevar o conceito de "Made in China” a um novo patamar.

Conforme o antigo presidente da China Mao Tsé-Tung disse nos meados do século XX, "a China é um país grande e não pode produzir todos os bens do mundo; mas temos que produzir tais bens básicos como aviões e carros".

Pode ser que o lançamento de avião chinês C919, anunciado em 2 de novembro, se venha a tornar a resposta a estas palavras.

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