Negociações sobre Síria não preveem participação de Damasco e oposição

© REUTERS / Carlo AllegriEncontro ministerial entre Arábia Saudita, EUA, Turquia e Rússia, em Viena, para discutir a crise síria
Encontro ministerial entre Arábia Saudita, EUA, Turquia e Rússia, em Viena, para discutir a crise síria - Sputnik Brasil
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Por enquanto, os representantes da oposição e Damasco oficial não foram convidados à reunião em Viena, agendada por 14 de novembro, disse Qadri Jamil.

O líder da oposição síria  presidente do Partido da Vontade Popular está agora em Moscou e acaba de participar de uma entrevista coletiva.

“Não, [representantes da oposição] não foram convidados. A questão será discutida lá [em Viena] porque ainda não há definição da oposição, quem eles são. Lavrov [chanceler russo] propôs elaborar uma lista para definir os conceitos, acho que Viena será um passo importante para o convite futuro da oposição e do regime”, disse Qadri Jamil à agência de notícias russa RIA Novosti.

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A Rússia já entregou aos parceiros internacionais a lista dos opositores sírios que consiste de 38 nomes. São 38 pessoas, incluindo as que participaram das consultas entre as forças sírias em Moscou em abril.

Por sua vez, a Arábia Saudita elaborou a sua própria lista.

“Moscou propôs 38 nomes – todos os que foram convidados a Moscou 2. A Arábia Saudita propôs 25 nomes, é preciso coordenar as duas listas diferentes”, disse o líder do Partido da Vontade Popular.

© Sputnik / Aleksander Natruskin / Acessar o banco de imagensQadri Jamil durante uma coletiva de imprensa
Qadri Jamil durante uma coletiva de imprensa - Sputnik Brasil
Qadri Jamil durante uma coletiva de imprensa

Definir quem representa a oposição moderada e quem pode ser considerado como terroristas é crucial para resolver a crise síria e realizar as eleições antecipadas.

A Síria vive uma guerra civil desde 2011, com as forças do governo de Bashar Assad combatendo diversos grupos de oposição — entre eles, terroristas como o Estado Islâmico e a Frente Nusra. O conflito já deixou mais de 220 mil mortos, segundo estimativas da ONU.

Desde o início de 2015 em Moscou tiveram lugar duas rondas das consultas entre as forças na Síria. No decorrer do processo Moscou 1 em janeiro vários grupos opositores elaboraram uma plataforma comum e discutiram com a delegação do governo sírio. Como resultado do processo Moscou 2, as partes firmaram um documento segundo o qual a crise síria é preciso regular de modos políticos com base em Comunicado de Genebra.

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