EUA gastam com aliados o mesmo que com sua própria defesa

© AP Photo / Mindaugas KulbisSoldados norte-americanos em veículo armado durante o exercício militar ''Dragoon Ride''na Lituânia
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Washington deveria repensar sua estratégia e pedir a seus aliados que cuidem de sua própria segurança, afirma o especialista em política externa americana Cristopher Preble.

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Americanos deveriam “controlar seus impulsos” de usar as forças militares quando seus interesses vitais não estiverem ameaçados, opina Preble, vice-presidente para estudo de Defesa e Política Externa do Instituto Cato.

“Nossos militares são usados para defender a segurança de nossos aliados pelo menos tanto quanto a nossa própria segurança. A política externa dos EUA hoje se baseia em uma força militar usada para impedir ameaças em potencial antes que elas se materializem. Isso dá segurança a nossos aliados e faz com eles não se motivem a se defender por conta própria”, ressaltou Preble em seu artigo para a National Interest.

Como resultado dessa estratégia, países parceiros dos EUA fazem menos do que deveriam para reforçar seus setores de Defesa. Segundo o especialista, as garantias  dadas pela segurança dos EUA faz com que até os mais ricos aliados americanos invistam pouco em defesa. Entretanto, fornecer apoio militar urgente mostra-se caro para os Estados Unidos.

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“Há um problema ainda mais grave na política externa americana hoje em dia: ela exige que os líderes americanos empurrem e eventualmente até enganem seus cidadãos para que estes realizem tarefas desnecessárias”, ressaltou Preble.

Em vez de apenas esperar que os aliados americanos apoiem as atividades militares dos EUA no estrangeiro ou de exigir que eles permitam a Washington usar suas forças militares em seus países, os Estados Unidos deveriam exigir que seus aliados e parceiros “ajam primeiro”, enfatizou o analista.

Segundo o planejamento atual, espera-se que Washington lide com as ameaças a seus parceiros “em todas regiões durante todo o tempo.” Para Preble, é necessário separar o joio do trigo e considerar quais ameaças serão responsabilidade dos EUA e quais sobrarão para seus aliados.

“Precisamos de uma nova estratégia macro, uma que exija que outros países assumam a responsabilidade primária pela proteção de sua segurança e pela preservação de seus interesses. Precisamos controlar nosso impulso de usar os militares americanos quando nossos interesses vitais não estiverem ameaçados diretamente.”

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