O Centro das Relações Públicas do Serviço Federal de Segurança (FSB na sigla em russo) da Rússia admitiu que a catástrofe do avião A321 em Egito foi devida a um atentado terrorista.
O chefe da FSB Aleksandr Bortnikov declarou que a razão da queda do avião da companhia aérea Kogalymavia foi a explosão de uma bomba de fabrico caseira com uma potência equivalente a um kg de TNT. A respetiva declaração foi feita durante a reunião no Kremlin, chefiada pelo presidente Vladimir Putin, sobre os resultados da investigação à queda do avião russo.
"Podemos dizer sem qualquer dúvida que se trata de um ato terrorista", disse.
Em seu turno, Putin declarou que os terroristas responsáveis pela catástrofe serão encontrados em qualquer ponto do mundo.
“Devemos fazer isso sem prazo de prescrição, conhecer todos eles pelos nomes. Nós vamos os procurar por toda parte, onde quer que eles estejam se escondendo. Vamos os achar em qualquer ponto do globo e puni-los”, disse.
O especialista militar russo Viktor Litovkin declarou à emissora Sputnik que ainda deverá ser realizada uma série de procedimentos de investigação em conjunto com serviços secretos do Egito. Ele opina que a coisa mais importante agora é esclarecer todos os detalhes do atentado ao bordo de A321.
Os serviços secretos russos anunciaram um prêmio de 50 milhões de dólares por informação sobre pessoas implicadas no atentado do A321.
O especialista militar russo opina que qualquer informação sobre a catástrofe pode ser útil, mas o mais importante é verificar a sua autenticidade.
"Acho que no mundo árabe existem bastantes pessoas que gostariam de receber tal montante. Mas é importante que a informação seja verdadeira e rigorosa. É que muitas pessoas poderão querer apresentar as suas fantasias como informação sobre os implicados na explosão. Vai ser necessário verificar toda a informação que nos prestem”.
A maior catástrofe na história de aviação russa e soviética aconteceu em 31 de outubro, quando o avião Airbus A321 da empresa russa Kogalymavia (também conhecida como Metrojet) proveniente de Sharm el-Sheikh e com destino à cidade russa de São Petersburgo caiu sobre a península do Sinai, levando as vidas de 217 passageiros e de sete membros da tripulação.