O míssil, até recentemente em estágio de desenvolvimento, já estaria em serviço na Força Aérea russa. Não está claro se a aviação estratégica da Rússia lançou os foguetes contra alvos do Estado Islâmico na terça-feira (17).
“Por um lado, isso seria um ato de intimidação, por outro, testaria novas armas. Uma coisa é testar o lançamento de um ou dois mísseis, outra é realmente usá-lo em combate”, disse o especialista em defesa Konstantin Sivkov à RIA Novosti.
O perito acredita que a Rússia testará outros armamentos de ponta durante a sua campanha contra o terrorismo na Síria. O analista acrescentou que o Kh-101 poderia ser lançado a partir do território russo e atingir alvos na Síria, mas sistemas de lançamento terrestres para o novo míssil ainda não foram desenvolvidos.
O míssil de cruzeiro provavelmente equipará os bombardeiros estratégicos Tupolev Tu-160 (Blackjack) e os Tupolev Tu-95. Pela primeira vez na história, estes modelos teriam participado de uma batalha real na terça-feira. O Ministério da Defesa da Rússia divulgou um vídeo posteriormente mostrando os aviões em ação na Síria.
O Kh-101 é um provável substituto do Kh-55, desenvolvido para fornecer capacidade de ataque terrestre convencional. Uma variação, conhecido como o Kh-102, leva uma ogiva nuclear. No início de outubro, a Rússia ganhou as manchetes depois de sua frota do Mar Cáspio lançar 26 mísseis de cruzeiro Kalibr e acertar todos os alvos do Estado Islâmico previstos.