Mídia: Caso EUA forneçam armas a rebeldes sírios, França deve deixar OTAN

© AFP 2023 / Tauseef MUSTAFAApoiadores do Estado Islâmico
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Após o atentado no avião russo A321 no Sinai, que matou 224 pessoas, o jornal norte-americano The Wall Street Journal escreveu que a CIA exige que a Arábia Saudita e a Turquia forneçam armas a alguns grupos rebeldes sírios, armas essas que podem atingir aviões de passageiros.

Neste contexto, o site analítico What They Say About USA (O que dizem sobre os EUA) tocou no assunto levantando a questão que é mais do que evidente – como poderá o secretário de Estado norte-americano John Kerry enfrentar o seu colega russo Sergei Lavrov durante as negociações em Viena sobre a crise na Síria?

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No vídeo (já removido) do grupo terrorista Estado Islâmico, cinco insurgentes estão saudando os seus “irmãos” egípcios pelo seu sucesso. Mas será que eles realmente poderiam ter abatido o avião? O Pentágono já enviou um grupo de militares à Síria e Washington apoia o fornecimento de armas à chamada “oposição moderada” através de intermediários sauditas e turcos.

Parece louco que os sistemas da defesa aérea em questão (MANPADS) sejam capazes de abater um avião de passageiros. Mesmo assim, não há razões para pânico – as armas são destinadas a “rebeldes cuidadosamente selecionados”. Os EUA e os seus aliados na região estão aumentando os fornecimentos de armas para ajudar os "rebeldes moderados" a manter o seu poder de fogo e, por este via, minar o papel da Rússia e do Irã que são aliados do atual governo do presidente legalmente eleito – Bashar Assad. 

 Tudo isso acontece apesar das declarações públicas do presidente norte-americano Barack Obama sobre a relutância de provocar um conflito com a Rússia.

O site analítico recorda um fato: recentemente o porta-voz da administração do Obama declarou que militares dos EUA estão pressionando o presidente sírio, exigindo a sua demissão.

Enquanto isso, a CIA nega o seu envolvimento, dizendo: 

"Pode haver lá uns velhos MANPADS, mas estes foram fornecidos à Síria usando redes não controladas pela CIA."

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De fato, a inteligência norte-americana e os seus parceiros forneceram mísseis contra tanques TOW a "rebeldes selecionados" no norte da Síria umas semanas atrás, quando a Rússia aumentou os seus esforços contra o terrorismo neste país.

Se as armas caírem em "mãos erradas" – o melhor cenário é que atinjam a aviação de combate russa, mas o pior é que visem aviões de passageiros. A mídia ocidental simplesmente opera com estes fatos, na ausência de compreensão das possíveis consequências. Parece que não há limite para a loucura dos EUA, escreve o site analítico. Deste modo, a mídia francesa citada pelo site argumenta a necessidade de a França sair da OTAN urgentemente.

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