“Se os primeiros golpes fossem efetuados contra campos de treinamento de terroristas na Síria e na sequência supostamente morressem cidadãos franceses que tinham sido treinados como ‘terroristas’, esta situação podia ser levada à ideia de autodefesa. Sim, se após treinamento eles voltassem, podiam representar uma ameaça à segurança <…> Mas bombardeios contra infraestrutura petrolífera são condicionados, pressupõe-se, por outras razões e não se justificam do ponto de vista da autodefesa”, disse.
“Suspeito que os parceiros franceses partem do sucesso inevitável do exército sírio e volta em breve de áreas petrolíferas e potências de extração de petróleo sob controle do governo sírio. Desde que Bashar Assad e o Estado Islâmico são adversários igualmente prioritários para eles, com estes golpes eles prejudicam ambos simultaneamente. Reparem que os franceses não bombardeiam alvos analógicos no território do Iraque”, acrescentou Rogachev.
“Será que, reagindo aos comentários dos seus próprios observadores políticos, os americanos ‘acordaram-se’ e finalmente exerceram um ataque contra instalações petrolíferas no território do Iraque. Mas é impossível não notar que até esta atividade da coalizão internacional foi provocada pelas ações efetivas e resolutas das Forças Aeroespaciais russas. No contexto delas surgia involuntariamente uma pergunta: será que a coalizão chegou a se colocar mesmo a tarefa de derrotar militarmente o Estado Islâmico?”, concluiu o diplomata.