“Os atentados bárbaros em Paris resultaram quase de imediato numa aliança militar entre a França e a Rússia contra o Estado Islâmico na Síria. O presidente francês Hollande e a maior parte da Europa interrompem dramaticamente a linha política de quase dois anos da administração Obama no sentido de isolar a Rússia de Putin por causa da crise ucraniana“, disse o professor de Estudos Russos e Políticos na Universidade de Nova York e de Princeton no seu artigo, Stephen Cohen.
Entretanto, de acordo com a primeira sondagem depois dos ataques terroristas em Paris, a popularidade de Hollande atingiu o seu ponto mais alto desde janeiro.
Cerca de 33% dos respondentes aprovam as ações do presidente francês em comparação com 25% no mês anterior, informa a Bloomberg citando BVA Opinion.
Parece que agora a Europa aceita o argumento de longo prazo de Putin que “a reversão dos avanços do Estado Islâmico requer reforçar o Estado sírio e o seu exército no terreno, bem como o próprio presidente sírio Assad e não destituí-lo, como a administração Obama insistiu durante quase dois anos”.
Ao mesmo tempo, professor Cohen nota que o apoio europeu ao regime de Kiev “continua diminuindo” e descreve a administração Poroshenko como “mais um governo que está em grave crise” e a Ucrânia como o obstáculo principal nas relações entre a União Europeia e a Rússia.