“Aconteceu um pequeno erro e o piloto entrou uma milha [1,6 quilômetros] no nosso espaço aéreo. Ele foi imediatamente contatado e, logo, mudou o trajeto e voltou à Síria”, disse o ministro neste domingo (29) no ar de uma rádio internacional israelense. Ao mesmo tempo, o ministro não especificou quando aconteceu este incidente.
Anteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia informou que a Força Aérea da Rússia e de Israel realizam treinamentos de garantia de segurança dos voos sobre a Síria e organizaram uma linha direta para informar-se mutualmente sobre as ações de aeronaves dos dois países.
Cerca de um ano atrás, os militares israelenses, no setor das Colinas de Golã controlado por eles e em circunstâncias semelhantes, abateram um bombardeiro Su-24 do exército sírio e um drone.
“Uma vez que os aviões russos não pretendem efetuar golpes contra nós, não há necessidade de abatê-los automaticamente”, disse Yaalon.
“Como nós não incomodamos as suas ações e não interrompemos aquilo que acontece na Síria… Assim eles não incomodam os nossos voos e ações, em conformidade com os nossos interesses”, continuo o ministro.
Moshe Yaalon acrescentou que os acordos entre os militares russos e israelenses sobre a prevenção de situações de conflito no espaço aéreo sírio pressupõem avisos obrigatórios por parte do lado russo sobre voos perto das fronteiras israelenses.
“Nós criamos um canal aberto de comunicações para evitar incompreensões… Eles nos informam quando voam perto [das Colinas] de Golã”, concluiu o ministro da Defesa israelense.
Em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, Israel impôs sua jurisdição militar sobre 1.200 quilômetros quadrados do território das Colinas de Golã, na Síria. O Parlamento israelense em 1981 proclamou unilateralmente a sua soberania sobre o território, mas este passo nunca foi aprovado pela comunidade internacional.