Especialista: Alemanha prepara uma das maiores operações militares

© AFP 2023 / JEAN-PIERRE MULLERExército alemão
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Nesta terça-feira, o governo da Alemanha aprovou a participação das suas Forças Armadas no combate ao terrorismo na Síria. Já na quarta (2), a câmara baixa do parlamento nacional votará para decidir se dará luz verde ou não.

Com um contingente que aspira aos 1,2 mil militares com correspondente material bélico, isso pode ser uma das maiores operações externas para o exército alemão.

Para o cientista político alemão Alexander Rar, que comentou o assunto a pedido da Sputnik, é uma decisão muito importante politicamente para o seu país.

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Governo da Alemanha aprova envio de Forças Armadas na Síria
"A Alemanha está se solidarizando com a França, com outros países da União Europeia que optaram por combater o Estado Islâmico. Ele [o Daesh, ou seja, Estado Islâmico] ameaça a toda a Europa, a todo o Ocidente. Por isso, deste ponto de vista, eu acredito que a conduta da Alemanha é totalmente justificada e compreensível", opiniou Rar.

Para o cientista, a decisão provavelmente será apoiada pela maioria das forças políticas. Só os "pós-comunistas" votarão contra, prognostica. E o povo também.

"Depois do terror da Segunda Guerra Mundial, os alemães, mesmo na sua terceira geração, são muito pacifistas. Eles estão contra a atuação militar da Bundeswehr [Forças Armadas da Alemanha] fora dos limites da Europa. Eu acho que é por causa desta rejeição da guerra, do terror mesmo, ao nível genético, a maioria ou a metade dos alemães o verão com muito ceticismo", disse o especialista.

Este "pacifismo" teve uma prova que começou a mudar após os atentados em Paris em 13 de novembro, que, segundo Alexander Rar, "podem ser comparados com os atentados contra os EUA de 11 de setembro [de 2001]".

"Se os atentados em Paris não tivessem acontecido, eu acho que os países do Ocidente não iriam combater o Daesh, mas agora eles vão [fazê-lo]", frisou o cientista.

Na noite de 13 de novembro, uma sexta-feira, a capital francesa foi sacudida por uma série de atentados que incluíram tiroteios e explosões de homens-bombas em locais de lazer. Com 129 mortos, o ataque, reivindicado pelo Daesh, foi considerado como o pior atentado terrorista que a França já sofreu.

 

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