Com um contingente que aspira aos 1,2 mil militares com correspondente material bélico, isso pode ser uma das maiores operações externas para o exército alemão.
Para o cientista político alemão Alexander Rar, que comentou o assunto a pedido da Sputnik, é uma decisão muito importante politicamente para o seu país.
Para o cientista, a decisão provavelmente será apoiada pela maioria das forças políticas. Só os "pós-comunistas" votarão contra, prognostica. E o povo também.
"Depois do terror da Segunda Guerra Mundial, os alemães, mesmo na sua terceira geração, são muito pacifistas. Eles estão contra a atuação militar da Bundeswehr [Forças Armadas da Alemanha] fora dos limites da Europa. Eu acho que é por causa desta rejeição da guerra, do terror mesmo, ao nível genético, a maioria ou a metade dos alemães o verão com muito ceticismo", disse o especialista.
Este "pacifismo" teve uma prova que começou a mudar após os atentados em Paris em 13 de novembro, que, segundo Alexander Rar, "podem ser comparados com os atentados contra os EUA de 11 de setembro [de 2001]".
"Se os atentados em Paris não tivessem acontecido, eu acho que os países do Ocidente não iriam combater o Daesh, mas agora eles vão [fazê-lo]", frisou o cientista.
Na noite de 13 de novembro, uma sexta-feira, a capital francesa foi sacudida por uma série de atentados que incluíram tiroteios e explosões de homens-bombas em locais de lazer. Com 129 mortos, o ataque, reivindicado pelo Daesh, foi considerado como o pior atentado terrorista que a França já sofreu.