Na noite desta quarta-feira, o parlamento da Grã-Bretanha, por uma ampla maioria de votos, aprovou a participação do país na operação militar síria. Na mesma noite, foram realizados os primeiros ataques aéreos às posições do Daesh (também conhecido como Estado Islâmico).
“Cerca de 43% dos entrevistados se sentem menos seguros após o início dos ataques aéreos na Síria. Somente 20% declararam se sentir mais protegidos”, revelou a pesquisa, realizada nesta quinta-feira.
Na véspera, ao discursar para o parlamento e defender a operação na Síria, o primeiro-ministro David Cameron argumentou que a medida “trará mais segurança para os britânicos”.
Apesar dos temores, o apoio das ações do governo é alto: 54% dos entrevistados concordam com a operação e 46% são contra.
O direito internacional admite o uso de força em território de um terceiro país no caso de aprovação do Conselho de Segurança da ONU, em casos de autodefesa, ou quando isso for solicitado pelas autoridades desse terceiro país. A Rússia deu início aos ataques aéreos às posições do Daesh na Síria, por solicitação do presidente Bashar Assad. Enquanto isso, a coalizão, liderada pelos EUA, combate o Daesh desde setembro de 2014 na Síria, sem ter aprovação do Conselho de Segurança da ONU e sem coordenar suas ações com as autoridades sírias.
Kremlin saudou todas as ações contra Daesh, inclusive as da Grã-Bretanha, mas destacou que a eficiência dessas medidas poderia ser maior, no caso de criação de uma coalizão única.