Ao tentar entender a situação, a Sputnik falou com o correspondente do canal televisivo e emissora da rádio Voz da República Islâmica do Irã, Hassan Shemshadi, que está na Síria e tem ligações com o exército.
O jornalista logo desmentiu a informação:
“Tais provocações e informação errada têm aumentado ultimamente. Por exemplo, no ano passado tais rumores em relação aos militares iranianos apareceram em plena crise síria. O objetivo de tais publicações é dividir o exército sírio e as milícias, semear dúvidas e enfraquecer o seu prestígio, minar a resistência aos terroristas. O Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica não planeja retirar os seus conselheiros e soldados que apoiam o exército do governo no combate aos terroristas em todas as frentes”.
O especialista destacou que, apesar das perdas durante o avanço na região de Aleppo, que resultou na liberação de 500 quilômetros quadrados, o exército não pretende retirar-se.
Além disso, o jornalista comentou a situação na linha de frente na Síria. Segundo ele, há dois meses as autoridades sírias solicitaram o aumento do número dos militares iranianos para conduzir uma operação antiterrorista de grande escala. O Irã deu uma resposta afirmativa. Desta forma, o número de militares iranianos que têm experiência de combate desde a guerra iraniano-iraquiana cresceu significativamente.
“Nas atuais condições, devemos estar prontos a sofrer perdas humanas por um objetivo maior – a vitória sobre os terroristas”, frisou o jornalista iraniano.
Cerca de sete mil iranianos combatem na Síria do lado de Bashar Assad. Todos os meses morrem cerca de dez militares. Dado o avanço realizado nos últimos meses, em outubro morreram 67 militares, entre eles cerca de dez generais.