Na manhã desta segunda, líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (CE) participou, no Palácio da Alvorada, da reunião semanal de coordenação política do governo. O encontro foi, comandado por Dilma, contou com a presença de oito ministros, entre os quais, alguns dos mais próximos à presidente da República, informou o jornal O Globo.
“Para o governo, votação, votação, votação. Ritmo acelerado para tudo, do Conselho de Ética, ao impeachment às matérias que estão tramitando. O Supremo vai decidir [sobre o processo de impeachment] e o que decidir está decidido”, disse Guimarães.
Na visão do governo, a eleição foi irregular porque ocorreu por votação secreta. “O que o Supremo decidir caberá a nós cumprir. Criaram uma votação secreta com chapa avulsa. O Supremo foi acionado. Não é que ele está se metendo. Alguém acionou e cabe ao Supremo deliberar. Para mim, tinha que ser anulada [a eleição para a comissão especial]”, disse José Guimarães.
Perguntado se o governo vai continuar a defender que não haja recesso, para acelerar o processo de impeachment, o petista afirmou: "É uma decisão que cabe aos presidentes do Senado e da Câmara."
A expectativa é que a sessão seja tumultuada, como foram as últimas reuniões do Conselho de Ética. Aliados de Cunha prometem pedir a destituição do presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), e defender que Fausto Pinato (PRB-SP), antigo relator do processo, seja impedido de votar no caso. Eles alegam que ambos anteciparam voto a favor da cassação do mandato do presidente da Câmara.