Avanço do Talibã mostra que estratégia da OTAN não é perfeita

© AFP 2023 / NOOR MOHAMMADAgente da Polícia Local do Afeganistão toma a posição no distrito de Marjah na província de Helmand durante a batalha contra o Talibã, Afeganistão, 23 de dezembro de 2015
Agente da Polícia Local do Afeganistão toma a posição no distrito de Marjah na província de Helmand durante a batalha contra o Talibã, Afeganistão, 23 de dezembro de 2015 - Sputnik Brasil
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Os avanços mais recentes do Talibã, que tomou áreas estratégicas na província afegã de Helmand, mostram os defeitos sérios na estratégia da OTAN de prestar ajuda em forma de aconselhamento para o exército afegão e não através de tropas de combate.

Passados 14 anos desde a intervenção no Afeganistão, liderada pelos EUA, a Força Internacional de Assistência para Segurança (ISAF na sigla em inglês) foi dissolvida em dezembro de 2014 e substituída pela missão da OTAN chamada de Apoio Resoluto. Esta missão foi lançada em 1 de janeiro de 2015 para assegurar “treinamento, aconselhamento e assistência para as forças de segurança e instituições afegãs”, de acordo com a OTAN.

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Talibã ocupa área-chave no Afeganistão
No comunicado diz-se que a missão “será realizada com centro em Cabul e Bagram e quatro filiais em Mazar-e Sharif, Herat, Kandahar e Laghman”. Entretanto, a operação não abrange a província de Helmand, onde ocorreram algumas das batalhas mais violentas contra o Talibã.

No total, a missão Apoio Resoluto inclui mais de 13 mil especialistas com apoio técnico de 42 países. É liderada pelo general John F. Campbell e assegura treinamento, bem como financiamento significativo da Força de Defesa e Segurança Nacional afegã.

Todavia, em 19-20 de dezembro, o Talibã fez avanços significativos na província de Helmand. Até quarta-feira (23) o Talibã conquistou praticamente todos os distritos da província, obrigando os EUA e o Reino Unido a enviar forças adicionais para ajudar ao exército afegão e provocando criticismo de falta do apoio aéreo da OTAN.

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Segundo a Reuters, o ministro da Defesa do Afeganistão atual, Masoom Stanekzai, disse que ocorreu um combate em Sangin, onde as forças do governo foram cercadas pelos rebeldes, que controlavam a maior parte do distrito inclusive as estradas necessárias para fornecer reforços e reservas.

“Os militares estão em posição e a operação continua”, disse Stanekzai durante a conferência de imprensa em Kabul, acrescentando que chegaram reforços à província para ajudar as tropas em Sangin. O chefe da polícia da província, Abdul Rahman Sarjang, disse que a situação melhorou desde o início da semana mas que as batalhas violentas continuam.

© Sputnik / Vitaly PodvitskyPara onde vai a OTAN?
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As forças governamentais queixaram-se muito de que foram deixadas sem reservas adequadas e reforços, nem apoio aéreo que protegesse as forças da OTAN quando combatiam na região.

Conselheiros militares britânicos se juntaram aos da OTAN em Helmand para ajudar as forças afegãs, com o objetivo de deter rebeldes.

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