“Desde 30 de setembro a aviação russa conduziu 5.240 missões na Síria, inclusive 145 missões da aviação de longo alcance”, informou tenente-general Sergei Rudskoy, chefe da Direção Operacional Geral do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia.
Na quinta-feira (24) a aviação da Rússia atingiu 189 objetos de terroristas na Síria, informou o militar de alta patente russo.
“Só ontem realizamos 189 ataques contra bastiões de terroristas, dos quais 142 foram planejados”, sublinhou.
Além disso, prosseguiu o militar, as forças governamentais sírias conseguiram, com a ajuda russa, libertar cinco zonas povoadas na província de Aleppo. A zona de segurança na área do aeroporto de Kuweyres, também foi ampliada.
Ofensivas do exército sírio
As forças sírias com apoio aéreo russo apertam o cerco de grupos armados ilegais nos subúrbios de Damasco, disse o tenente-general Rudskoy.
“Nos subúrbios de Damasco as forças governamentais [sírias] tomaram controle da aldeia de Marj al-Sultan e continuam os seus raides apertando o cerco de grupos armados ilegais nas áreas de Nachabe, Nula e Zibdin”, informou Rudskoy.
Além disso, segundo o oficial, em outras áreas as forças sírias tomam medidas para estabilizar a situação e preparam a continuação das suas ofensivas.
Contrabando de petróleo
A inteligência russa reparou quase 12 mil caminhões-tanque na fronteira turco-iraquiana, perto do posto de controle de Zakho, informou o chefe da Direção Operacional Geral do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia.
“Na altura de filmagem [de reconhecimento] na área de Zakho havia lá 11.775 caminhões-tanque a cada lado da fronteira turco-iraquiana. 4.530 deles estavam no território turco, 7.245 estavam no Iraque”, disse Rudskoy.
“Devo sublinhar que o petróleo extraído no Iraque, assim como na Síria, vai através deste posto de controle [na fronteira turco-iraquiana]”, acrescentou.
A aviação russa também destruiu 37 instalações terroristas de extração de petróleo, 17 caminhões-tanque durante a semana passada, segundo Rudskoy.
“Os roteiros do norte e do oeste que tinham sido anteriormente revelados permanecem a ser usados. Para evitar perdas causados pela aviação russa, os terroristas movem [os comboios petrolíferos] principalmente à noite. Além disso, os seus caminhões-tanque são disfarçados como caminhões normais e movem em colunas pequenas em algumas dezenas de veículos ao mesmo tempo”, informou.
Além disso, as Forças Armadas revelaram um novo roteiro de contrabando de petróleo pelo Daesh: em primeiro lugar os caminhões tomam o roteiro mais curto ao Iraque e de lá vão à Turquia. Os terroristas mudam a tática para evitar os ataques aéreos russos.
Segundo ele, o roteiro liga a área síria de Deir ez-Zor ocupada pelo Daesh através das cidades fronteiriças às cidades iraquianas de Mossul e Zakho.
Porém, apesar do desvio, a Turquia permanece como a destinação final no esquema de contrabando, sublinhou Rudskoy.
O número de caminhões-cisterna perto do porto de Dortyol na Turquia, para onde o petróleo do Daesh é alegadamente fornecido, cresceu até 920, informou o militar russo.
Reconhecimento
Os militares russos recebem informação sobre as instalações terroristas dos comandantes do exército sírio e unidades da oposição patriótica, frisou Rudskoy.
“Estamos no contato permanente com o comando das forças governamentais da Síria e com unidades da oposição patriótica. Eles proporcionam regularmente informação adicional sobre os alvos terroristas recentemente descobertos”, acrescentou ele sublinhando que os ataques aéreos são efetuados somente após reconhecimento ulterior.
Anteriormente, a Anistia Internacional publicou um relatório sobre a operação aérea russa na Síria no qual acusa a aviação da Rússia em causar perdas civis na sequência de bombardeamento de objetos não militares. Rudskoy comentando o relatório, disse que ele consiste de clichés e fakes e que a aproximação do grupo de defesa de direitos humanos é tendenciosa já que a Anistia Internacional publicou informação não verificada sobre a atividade da Força Aeroespacial da Rússia na Síria.