A visita ocorrerá duas semanas depois de uma conferência regional em Islamabad (capital do Paquistão), onde as negociações de paz entre o Afeganistão e o Talibã eram discutidas. A conferência teve a presença também do presidente afegão, Ashraf Ghani Ahmadzai, e representantes dos EUA e da China.
A China começou a aspirar a ser protagonista no diálogo da pacificação do Afeganistão em julho, ao hospedar uma conferência entre as partes. O encontro anterior, em julho, que reuniu representantes do Paquistão e do Talibã, fracassou depois do anúncio, feito pelas autoridades afegãs, da morte do líder talibã, Mullah Mohammad Omar, dois anos havia. Cabul insistia que a morte tinha acontecido em um hospital paquistanês.
O problema do Afeganistão fez parte da agenda da cúpula da Organização para Cooperação de Xangai, que teve lugar na cidade russa de Ufá em julho, depois da cúpula dos BRICS.
A SCO, onde a China e a Rússia são os maiores participantes, tem um organismo dedicado à defesa antiterrorista na região da Ásia Central.
Talibã?
O Afeganistão foi palco, neste ano, de um escândalo internacional, depois do bombardeio de um hospital da organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), em Kunduz, cidade estratégica previamente tomada pelo Talibã. A OTAN, que assumiu a responsabilidade pelo ato, alegou que havia informações sobre terroristas supostamente escondidos no território do hospital, fato nunca probado.