Lavrov: Europa reconhece que confrontação com Rússia por causa da Ucrânia foi um erro

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A maioria absoluta dos Estados-membros da União Europeia chama de erro a confrontação com a Rússia por causa da situação ucraniana, declarou o chanceler russo Sergei Lavrov.

“Às vezes o que eles dizem da tribuna contradiz o que eles dizem em privado, quando ninguém está ouvindo. Individualmente, a maioria absoluta dos Estados-membros da União Europeia disseram-me coisas que eu julgo razoáveis, de que foi um erro a confrontação com a Rússia sobre a Ucrânia, de que esta última tornou-se de certa forma uma vítima da política da União Europeia que tentou colocar [a Ucrânia] na posição de ter que fazer uma escolha: ou um lado ou outro”, disse Lavrov durante uma entrevista com canal televisivo russo Zvezda. 

Ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, durante um encontro com o copresidente do partido de Democracia dos Povos da Turquia, Salahaddin Demirtas, em Moscou, 23 de dezembro de 2015 - Sputnik Brasil
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Após a reunificação da península da Crimeia com a Rússia em 2014, e escalação da crise ucraniana naquele ano resultou em hostilidades na região de Donbass e as relações da Rússia e o Ocidente começaram a deteriorar-se. 

A União Europeia, junto com os Estados Unidos, condenaram a adesão da Crimeia à Rússia chamando-a de anexação, recusando-se a reconhecer o resultado do referendo no qual 96 por cento da população local da península votaram em favor da reunificação com a Rússia. Além disso, o Ocidente acusou a Rússia de fomentar o conflito das autoridades de Kiev com as milícias independentistas no leste da Ucrânia.

Como medida punitiva, o Ocidente impôs uma série de rodadas de sanções contra Moscou a partir de julho de 2014.

Na semana passada, a União Europeia estendeu as sanções econômicas contra a Rússia por mais seis meses, alegando a falha de implementação completa dos Acordos de Minsk, que visam regularizar a crise ucraniana. Na quinta-feira (24) as autoridades europeias manifestaram que, não veem razão ou necessidade de expandir as sanções contra Moscou por causa da Crimeia.

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