Novas autoridades argentinas anunciam intenção de lutar pelas Malvinas

© AFP 2023 / JUAN MABROMATA Presidente da Argentina, Mauricio Macri, na cerimônia de inauguração de seu mandato na Casa Rosada, 10 de dezembro de 2015
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A Argentina continuará a lutar pela recuperação de sua soberania no território de disputa das ilhas Malvinas. A declaração é do Ministério das Relações Exteriores da Argentina no último domingo (3).

“Hoje se completam 183 anos da contínua ocupação, o povo e o governo argentino reiteram os direitos inalienáveis de soberania sobre as Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul, Ilhas Sandwich do Sul e os territórios marítimos circundantes", diz o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Argentina.

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A diplomacia do país destacou que a restauração do controle sobre as ilhas em disputa é "a política do Estado e atende os desejos de todos os habitantes da Argentina". 

A questão das Ilhas Malvinas é um assunto de disputa de longa data entre a Argentina e a Grã-Bretanha, o que levou a um conflito armado em 1982, causando a morte de 649 argentinos e 255 britânicos. A guerra de 72 dias foi vencida pela Grã-Bretanha.

Em março de 2013 foi realizado um referendo sobre o status do arquipélago. A maioria da população se posicionou a favor das ilhas permanecerem sob a posse do Reino Unido. A Argentina não reconheceu o resultado do referendo. 

Nas últimas eleições do país, a oposição chegou ao poder com o neoliberal Mauricio Macri, eleito presidente da Argentina em 23 de novembro. 

Para a professora de Relações Internacionais da UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Míriam Saraiva, especialista em políticas latino-americanas com ênfase em países como Brasil e Argentina, a posição do Presidente Mauricio Macri em relação à soberania das Ilhas Malvinas não surpreende.

“Há um artigo na Constituição Federal da Argentina que obriga o chefe de Estado e Governo a envidar todos os esforços para a recuperação da soberania nacional sobre as Malvinas e sobre os territórios marítimos circundantes. Porém, o artigo não fala em ofensiva militar contra o detentor dessa soberania, no caso, o Reino Unido. Portanto, esse artigo dá a entender que os mencionados esforços se deem apenas por via diplomática, por meio da discussão política pacífica e negociada.”

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