O clérigo xiita Sheikh Nimr al-Nimr, estava entre as 47 pessoas condenadas por acusações de terrorismo e executadas no sábado, conforme a Arábia Saudita anunciou, dando início a uma disputa diplomática.
Na noite de 2 de janeiro, manifestantes atacaram a embaixada da Arábia Saudita na capital iraniana, Teerã, e o consulado do país na cidade de Mashhad. Os manifestantes atiraram coquetéis Molotov e apreenderam as bandeiras sauditas em ambos os prédios.
A Arábia Saudita também acusou o Irã de não intervir no ataque contra a embaixada da Arábia Saudita e o consulado do país.
Diplomatas iranianos foram obrigados a deixar o país dentro de 48 horas, enquanto 47 membros da missão diplomática saudita voltaram à sua terra natal com a ajuda dos Emirados Árabes Unidos.
Além disso, o país entregou uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU e a uma série de organizações regionais, pedindo reação às desordens.
"O Reino [saudita] informou o Conselho de Segurança sobre os ataques, bem como o Conselho de Cooperação do Golfo [Pérsico], a Liga Árabe e a Organização de Cooperação Islâmica”, o ministério twitteou após a conferência de imprensa do ministro al-Jubeir.
Segundo o serviço de imprensa da ONU, o porta-voz do secretário-geral Ban Ki-moon disse em um comunicado:
“Sheik Nimr al-Nimr e uma série de outros prisioneiros executados haviam sido condenados após julgamentos que levantaram dúvidas sérias quanto à natureza das acusações e a justiça do processo”, afirmou, adicionando que o Secretário-Geral reitera a sua forte oposição à pena capital.
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Raad al Hussein, disse que estava extremamente preocupado com o recente aumento acentuado em execuções na Arábia Saudita: pelo menos 157 pessoas foram condenado à morte em 2015, em comparação com 90 executado em 2014 e números menores nos anos anteriores.