Segundo o canal televisivo francês BFM TV, aa capa do jornal mostrará um homem de barba de vestido cumprido, coberto de sangue, de sandálias e com o fuzil AK-47 às costas.
“Passado um ano, o assassino ainda está livre”, diz o texto acima do desenho, elaborado pelo editor-chefe do jornal, Laurent Sourisseau.
Laurent Sourisseau escreveu que ao longo dos anos, a morte pairava sobre a Charlie Hebdo – os riscos financeiros ameaçavam a sua existência, em seguida, vieram as ameaças sobre o conteúdo da revista.
No entanto, "o gosto pela vida nos fez esquecer do medo da morte", escreveu Riss citado pelo canal de televisão estadunidense NBC.
A tiragem da edição especial será de um milhão, se espera que seja em grande demanda.
Charlie Hebdo scolds God in anniversary issue as France remembers terror victims a year on https://t.co/OCnwbKgeJE pic.twitter.com/eDocK4SY5O
— Telegraph News (@TelegraphNews) 4 января 2016
O Charlie Hebdo é conhecida por charges polêmicas sobre a religião, incluindo imagens do profeta Maomê. A redação considera que não há assuntos que sejam proibidas para brincadeiras.
Para comemorar o aniversário do ataque o presidente francês François Hollande inaugurou na terça-feira (5) algumas placas comemorativas dedicadas às vítimas dos atentados, comunica o BFM TV.
Contudo, o jornal Le Figaro informa, citando fontes locais, que uma das placas contém um erro: o nome de um dos cartunistas mortos, George Wolinski, foi escrito como Wolinsky. Hollande disse que a empresa que fez as placas irá corrigir o erro após pedido das autoridades.
Charlie Hebdo: une faute d'orthographe sur une plaque à la mémoire des victimes https://t.co/8P4GS4UswU pic.twitter.com/r6tE6fOfkG
— BFMTV (@BFMTV) 5 января 2016
Uma série de atentados começou em Paris em 7 de janeiro de 2015 quando a redação do semanal satírico Charlie Herdo foi atacada. No dia 8, uma representante da polícia sofreu perto de Paris. Em 9 de janeiro, em Paris e na cidade de Dammartin-en-Goële foram tomados reféns. Depois dos ataques, a França teve que lidar com islamofobia crescente.