Charlie Hebdo: passado um ano, nada mudou

© AP Photo / Lionel CironneauA primeira edição (depois do ataque) do semanal satírico francesa Charlie Hebdo
A primeira edição (depois do ataque) do semanal satírico francesa Charlie Hebdo - Sputnik Brasil
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O jornal satírico francês Charlie Hebdo vai lançar uma edição especial na quarta-feira (6) para marcar o primeiro aniversário do ataque contra a sua equipe, ocorrido em 7 de janeiro de 2015, dando início a uma série de atentados que deixaram 17 vítimas e três terroristas mortos.

Segundo o canal televisivo francês BFM TV, aa capa do jornal mostrará um homem de barba de vestido cumprido, coberto de sangue, de sandálias e com o fuzil AK-47 às costas.

“Passado um ano, o assassino ainda está livre”, diz o texto acima do desenho, elaborado pelo editor-chefe do jornal, Laurent Sourisseau.

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O editorial da edição tratará da questão dos fanáticos religiosos que desejam erradicar a edição que tem a coragem de “se rir da religião”.

Laurent Sourisseau escreveu que ao longo dos anos, a morte pairava sobre a Charlie Hebdo – os riscos financeiros ameaçavam a sua existência, em seguida, vieram as ameaças sobre o conteúdo da revista.

No entanto, "o gosto pela vida nos fez esquecer do medo da morte", escreveu Riss citado pelo canal de televisão estadunidense NBC.

A tiragem da edição especial será de um milhão, se espera que seja em grande demanda.

O Charlie Hebdo é conhecida por charges polêmicas sobre a religião, incluindo imagens do profeta Maomê. A redação considera que não há assuntos que sejam proibidas para brincadeiras.

Para comemorar o aniversário do ataque o presidente francês François Hollande inaugurou na terça-feira (5) algumas placas comemorativas dedicadas às vítimas dos atentados, comunica o BFM TV.

Contudo, o jornal Le Figaro informa, citando fontes locais, que uma das placas contém um erro: o nome de um dos cartunistas mortos, George Wolinski, foi escrito como Wolinsky. Hollande disse que a empresa que fez as placas irá corrigir o erro após pedido das autoridades.

Uma série de atentados começou em Paris em 7 de janeiro de 2015 quando a redação do semanal satírico Charlie Herdo foi atacada. No dia 8, uma representante da polícia sofreu perto de Paris. Em 9 de janeiro, em Paris e na cidade de Dammartin-en-Goële foram tomados reféns. Depois dos ataques, a França teve que lidar com islamofobia crescente.

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