O Paquistão anunciou que as negociações terão lugar em 15 de janeiro em Islamabad. A Índia não confirmou datas mas não cancelou as negociações.
As relações entre a Índia e o Paquistão têm sido sempre tensas desde que os dois países proclamaram a independência do Reino Unido, praticamente 70 anos atrás. Ambos reclamam a região de Caxemira, no norte da Índia. A base de Pathankot fica a caminho desta área contestada.
O especialista militar indiano Uday Bhaskar afirmou que os extremistas que realizaram o ataque contra a base aérea não atingiram o seu objetivo principal porque as negociações entre a Índia e o Paquistão continuam. Na sua opinião, a Índia tem de esperar um pouco até que o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, tome algumas medidas.
“Este incidente enfureceu os indianos mas, para o Paquistão, é uma grande prova e um sinal que é tempo de mudar a sua política”, disse Bhaskar.
Em 2 de janeiro, um grupo de homens armados irrompeu na base aérea indiana de Pathankot matando pelos menos 7 guardas. O Ministério das Relações Exteriores da Índia disse que o Paquistão deve “agir de forma rápida e decisiva” usando as evidências do ataque terrorista que indicam que os atacantes eram militantes do grupo terrorista Jaish-e-Mohammed.
O Jaish-e-Mohammed está presente em muitos países e tem por objetivo separar a Caxemira da Índia.