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Adléne Hicheur pode permanecer como pesquisador na UFRJ, mas não dará aulas este semestre

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O físico Adlène Hicheur, de 39 anos, argelino naturalizado francês preso na França de 2009 a 2012 sob acusação de planejar atos terroristas e atualmente contratado como professor visitante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não vai ministrar aulas neste semestre.

Em função da repercussão de sua história, divulgada no último final de semana pela revista "Época", a direção do Instituto de Física recomendou a Hicheur que permaneça apenas como pesquisador até julho. Será quando acabará o atual contrato do acadêmico, que pode ser prorrogado por mais dois anos. Ele aceitou a recomendação e não vai atuar como professor.

Como visitante, Hicheur não é obrigado a dar aulas — fazia isso porque gosta, tanto que criou projeto de aula compartilhada pela internet com a Universidade de Zurique, na Suíça. Mas, segundo a assessoria de imprensa da UFRJ, a direção do Instituto de Física temia que, em meio às aulas, o caso do professor continuasse repercutindo e gerando polêmica. Como pesquisador, o físico tem contato com menos pessoas. A situação profissional de Hicheur, no entanto, não muda.

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Assustado com a repercussão de sua história, o físico pensa em deixar o Brasil. Na quarta, 13, ele expôs essa intenção, em e-mail encaminhado a colegas, Mas ainda não tomou nenhuma decisão oficial nesse sentido. 

Hicheur divulgou uma carta na última segunda-feira em que se defende da acusação que sofreu na França e critica a reportagem da "Época".

De acordo com o Estatuto do Estrangeiro, o Ministério da Justiça tem autonomia para impedir a entrada ou a permanência de estrangeiros no Brasil. O receio de Hicheur é ser expulso do País, devido à repercussão do caso. Conforme Bediaga, se realmente deixar o Brasil, Hicheur deve voltar para a França, onde moram seus pais.

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