Nesta semana o jornal francês Charlie Hebdo publicou uma caricatura em que homens com aparência de macacos perseguem uma mulher. No canto de cima à esquerda é mostrada a imagem do menino sírio de três anos, Aylan Kurdi, cujo corpo foi encontrado no litoral turco perto da cidade de Bodrum. O menino afogou-se com a sua mãe e irmão mais velho na tentativa de fugir para a Europa.
‘Charlie Hebdo’ causa revolta ao insinuar que #AylanKurdi se tornaria um agressor sexual https://t.co/sYrZCGnDmZ pic.twitter.com/WtHZG5ax6t
— Revista Fórum (@revistaforum) 15 января 2016
A caricatura foi amplamente condenada por várias figuras da mídia e ativistas como sendo abertamente racista e escandalosamente chocante, tomando em conta que já não é a primeira vez que o jornal abusa dos sentimentos de várias pessoas, fazendo charges sobre o profeta Maomé e Alá.
No entanto, a rainha Rania optou por uma abordagem diferente para expressar o seu protesto relativamente à publicação.
Na sexta-feira (15), ela postou o seu próprio esboço no Twitter, usando a imagem do menino Aylan e representando-o como uma criança feliz que joga, como estudante e como médico. No topo estava a mesma pergunta do Charlie Hebdo “O que teria sido o pequeno Aylan Kurdi se tivesse crescido?”
"Aylan poderia ter sido médico, professor, um pai atencioso…", escreveu a rainha jordana.
Aylan could've been a doctor, a teacher, a loving parent… Thanks @osamacartoons for sketching my thoughts pic.twitter.com/M2z4Z3mJe0
— Rania Al Abdullah (@QueenRania) 15 января 2016