De acordo com o político alemão, que falava em entrevista à agência noticiosa RIA Novosti, em vez de pensar sobre a adesão à OTAN, Kiev devia prestar mais atenção à implementação dos Acordos de Minsk, que visam resolver a crise interna no país.
“Eu pessoalmente não acho que a Ucrânia venha a fazer parte da OTAN”, disse.
Mesmo tendo em conta que, desde o início de 2014, os países membros da OTAN efetuaram mais de 3.200 transportes de pessoal militar e material bélico para a Ucrânia, vários especialistas duvidam que o país possa ser candidato à adesão ao bloco militar nos próximos 20 anos.
Desde 2014, a OTAN começou a reforçar a sua presença militar nos países do Leste da Europa que fazem fronteira com a Rússia, alegando um suposto envolvimento da Rússia na crise interna na Ucrânia. A Rússia tem negado reiteradamente estas acusações e se mostra preocupada com o reforço do bloco militar ao longo da sua fronteira ocidental.
O político alemão comentou a ampliação da OTAN no Leste da Europa, inclusive a instalação de sistemas de mísseis interceptores (os quais alegadamente seriam para a Europa se defender de mísseis balísticos de Teerã).
“A OTAN deve prestar atenção aos receios russos de o seu país ficar cercado, receios que, a meu ver, são infundados. Talvez até o momento não tenha sido prestada atenção suficiente [a esta situação]. Eu também acho errada a planejada instalação do sistema de defesa antimísseis”.