Conforme a fonte citada, o documento contém a descrição de 23 "ações concretas orientadas a derrubar o governo do presidente [da Bolívia] Evo Morales".
A notícia foi também veiculada por vários órgãos da mídia latino-americana. A informação foi primeiro divulgada ainda em 11 de janeiro pelo presidente do Senado boliviano, José Alberto Gonzales, que alegou que a oposição política usa como "manual" um documento intitulado "Plano Estratégico para a Bolívia". A mídia nacional registrou esta denúncia, feita durante um evento parlamentar. A Prensa Latina confirmou que esta declaração teve lugar.
O documento ao qual a agência teve acesso diz o seguinte: "A democracia na nossa América Latina está em perigo <…> sequestrada por governos populistas, antissistema e e caudilhistas que proíbem, violam e amedrontam o pensamento liberal".
Além disso, o documento teria sido "consensuado com dignos representantes da oposição ao regime de Evo Morales" e destaca como seus porta-vozes Rubén Costas, Luis Revilla, Félix Patzi, Samuel Doria, Fernando Tuto Quiroga e Manfred Reyes.
A notícia vem um mês antes do referendo que pode permitir Evo Morales a se candidatar como presidente pelo terceiro mandato consecutivo. A data do referendo é 21 de fevereiro.
Mais cedo neste ano, Evo Morales tem insistido que o seu povo gosta dele como presidente.
Já a oposição boliviana milita em uma campanha do "não" para o dia 21 do segundo mês do ano.
Outros 23 ítens citados pela agência incluem a "normalização das relações da Bolívia com os Estados Unidos", a promoção da divisão social, o incremento das verbas destinadas à oposição, inclusive provenientes do estrangeiro.
Há até a sugestão de "manter e ampliar a campanha contra a ingerência venezuelana e cubana, para afetar a imagem e deixar o governo sem apoio popular", segundo a fonte.
A Sputnik também teve acesso a uma versão em PDF do documento com o mesmo conteúdo.
Instituto desmente
O IID respondeu à declaração inicial de José Alberto Gonzales, insistindo, em um comunicado divulgado através do seu site que "rejeita tais declarações, porque este funcionário público apresentou um documento falso e falsificado, onde a personalidade e os distintivos do IID ficam suplantados".
O Instituto afirma que a declaração do senador "provavelmente constitui um crime sério", o que será "determinado pelos tribunais".
A parte boliviana ainda não emitiu mais declarações em relação ao assunto. A Sputnik está acompanhando a situação.