Nesta quinta (21), a hashtag foi tweetada por Edward Snowden, famoso ex-agente da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) atualmente residente na Rússia.
It's time. Ready to #TakeCTRL of your rights back from corporations and govt in 16 states? https://t.co/lIppMJsIr8 pic.twitter.com/cM3VLNSgpX
— Edward Snowden (@Snowden) 20 января 2016
A iniciativa da ACLU já abrangeu 16 estados do país. "Do Havaí ao Alabama e Nova Hampshire, uma coalizão diversa, bipartidária [que abrange os Republicanos e os Democratas, principais partidos dos EUA] de legisladores estatais irá anunciar propostas legislativas estaduais que, mesmo distintas, são todas orientadas a apelar os seus constituintes a #takeCTRL [tomar controle] da sua privacidade pessoal", diz um artigo de Chad Marlow, conselheiro político da ONG.
O artigo reúne um grupo de pessoas que não se conhecem (além de Kim Kardashian, que muita gente parece conhecer). A lista ficou incompleta, salienta o autor da matéria, porém dá a sensação de união. O que une estas pessoas, então?
Todas, usando o seu computador, celular, smartphone ou tablet, se depararam com algo que não esperavam ver. Fotos que foram parar nos equipamentos eletrônicos de outras pessoas sem permissão. Um estudante de doze anos que usou o laptop entregue pela escola para comunicação pessoal — além dos estudos: "Ele não queria, portanto, que a sua escola ligasse remotamente a câmera do laptop para fazer centenas de fotos dele, inclusive quando ele estava seminu ou dormia. Mas isso aconteceu".
Retweeted Dirk Bicker (@think2ce): You have the right to remain private. #TakeCTRL pic.twitter.com/dCNNt0AZXt https://t.co/eaaMPHixgN
— Vic Aillón (@vicaillon) 20 января 2016
Um agente penitenciário que foi forçado a tornar pública a informação da sua página em uma rede social pela empresa onde trabalha.
Já o caso de Kim Kardashian é manchete há muito nos jornais e revistas: atenção pública exaustiva prestada a esta pessoa — e aos seus familiares, que, sem ter a fama da celebridade, são expostas aos olhares demasiado íntimos de pessoas completamente desconhecidas.
Além de evidente desconforto, isso pode causar mais problemas. O caso é bastante sensível nos Estados Unidos devido ao recente escândalo de espionagem, que eclodiu mais uma vez em meados de 2015. Na sequência desta fase do escândalo, foi empreendida até uma tentativa de revogar uma decisão do Congresso dos EUA que autorizava o grampo telefônico para impedir a proliferação do terrorismo. A medida tinha sido aceita pelo governo de George W. Bush Júnior depois dos atentados de Nova York em 2001.
A Campaign to #TakeCTRL of Our Privacy Sweeps the Nation (And You Thought Bipartisanship W… https://t.co/dp20k685rr pic.twitter.com/FVc7VOLgnM
— 4Tol (@4tol) 20 января 2016
Portanto, mesmo 14 anos depois, a medida segue de fato vigente: a nova decisão não emendou drasticamente a situação, e a discussão permanece.