Mas a opinião do analista sobre a necessidade de o Ocidente se preparar para combater o islamismo, da mesma forma que antes o mundo teve que combater o comunismo, o fascismo e nazismo, provocou muita confusão e não foi bem aceite.
"Os EUA começaram a luta contra Saddam Hussein, Kadhafi e agora Assad, só para perceber que os regimes seculares derrubados estão sendo substituídos por islamistas", diz-se no artigo.
E agora o movimento islamista já se estendeu ao Afeganistão, Iraque, Síria e Líbia, além da Turquia, Indonésia e África. Atualmente o terrorismo (ou, melhor, o islamismo radical) ameaça a Arábia Saudita, ao mesmo tempo chegando pouco a pouco à Europa. O artigo explica a atual situação desta forma:
"A Europa sempre satisfez todas as fantasias dos EUA e, mesmo após o colapso da União Soviética, Washington continuou a Guerra Fria contra Moscou, provocando a ameaça de expansão da OTAN, introduzindo sanções em relação à Crimeia, e mesmo separando a Rússia da Europa – que sempre foi parte desta, cultural e politicamente".
E a saída possível desta situação, de acordo com Francesco Alberoni, é a mudança da atmosfera destrutiva em relação à Rússia, além de recordar que todos nós [russos e europeus] pertencemos a uma única civilização.
"Podemos por fim à Guerra Fria, criar uma frente única ocidental de amizade e confiança", diz ele.