Durante o evento, realizado na sede da Unasul – União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o Equador vai entregar a presidência temporária do bloco à República Dominicana.
O subsecretário-geral da América do Sul, América Central e Caribe, do Ministério de Relações Exteriores, Embaixador Paulo Estivallet de Mesquita, diz que, “historicamente, o diálogo entre os países no hemisfério era feito sob a égide e a iniciativa dos Estados Unidos, basicamente, que é o que levou à criação da OEA – Organização dos Estados Americanos”.
“A OEA continua tendo valor e importância para nós”, diz o embaixador, “os Estados Unidos são um país parceiro importante de todos os países da região, mas é fundamental que haja entre os países da América do Sul, da América Central, o México e o Caribe um foro de discussão no qual eles possam avançar pautas comuns. Todos eles enfrentam o desafio do desenvolvimento, existe uma série de questões culturais e políticas, questões de gênero, de liberdade, de democracia, que são mais bem discutidas, que têm mais campo para avançar entre os países da região, e nós valorizamos esse espaço por esse motivo.”
Ainda de acordo com o Embaixador Paulo Estivallet de Mesquita, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, criada em 2010 no México, também é um importante instrumento a facilitar o diálogo entre a América Latina e o Caribe com o resto do mundo. Atualmente, a CELAC se relaciona, entre outros, com a União Europeia, a Rússia, a Índia e a China.
As reuniões da CELAC começam no domingo, 24, quando os representantes dos Governos vão iniciar as discussões das declarações que poderão ser assinadas pelos chefes de Estado e de Governo durante o evento. Já na terça-feira, 26, será a vez de os ministros de Relações Exteriores dos países-membros se reunirem. A Presidenta Dilma Rousseff participa da Cúpula somente na quarta-feira, 27, durante a reunião de chefes de Estado e de Governo.