"Entramos em uma fase que eu chamo de paz fria. É paz porque ninguém quer ter uma guerra, e ninguém quer voltar ao tempo da Guerra Fria. Mas é paz fria, porque, infelizmente, estamos vendo elementos, retórica e propaganda dos tempos da Guerra Fria", observou Plevneliev, acrescentando que o "jogo" mudou na Europa devido à crise ucraniana.
De fato, as relações entre Moscou e o Ocidente — nomeadamente, os EUA, a União Europeia e seus aliados regionais – vêm se deteriorando desde 2014 em meio à crise na Ucrânia. O Ocidente, acusando o Kremlin de alimentar o conflito interno no país vizinho e de nutrir ambições expansionistas na região, já impôs várias rodadas de sanções contra a Rússia.
Quanto à questão da Crimeia, o Kremlin sustenta que a reintegração da península ao território russo não constituiu um ato de agressão, como afirmam Kiev e seus aliados ocidentais, mas sim um caso prático do princípio de autodeterminação dos povos que compõe o direito internacional, já que a decisão de se separar da Ucrânia e de se unir à Rússia foi endossada por mais de 96% da população local, em referendo democrático acompanhado por observadores internacionais.
.@BgPresidency Rosen Plevneliev speech @PACE_News: "For us, #Crimea is Ukraine, and #Ukraine is Europe" @coe pic.twitter.com/zLeRFxvyf3
— Belgium in the CoE (@BELinCoE) 26 janeiro 2016
No entanto, em resposta às medidas restritivas ocidentais, a Rússia anunciou, em agosto de 2014, um embargo de um ano à importação de diversos produtos alimentícios provenientes de países que haviam adotado as sanções antirrussas. A proibição foi renovada por mais um ano desde então.