Em particular, a ‘gafe histórica’ que mais chamou a atenção foi apontada pelo historiador Bruce Alistair: o personagem do visconde de Mortemart, que no enredo fuge para a Rússia durante a Revolução Francesa entre os anos 1789 e 1799, possui presa em seu uniforme a condecoração da Ordem Nacional da Legião de Honra, criada por Napoleão apenas em 1802.
Na história, o visconde de Mortemart é um fervoroso defensor da monarquia que odeia Napoleão. “É claro que trata-se de uma contradição, pois um aristocrata que deve deixar seu país, sendo apoiador de antigo regime na França, ao menos pensaria sobre usar esta condecoração. Esse erro é equivalente a um drama sobre Margaret Tatcher em que ela usaria uma rosa vermelha, que era usada pelo Partido Trabalhista, visto que Tatcher era conservadora”, disse o historiador à edição britânica.
Watching @bbc #warandpeace French-hating Russian aristo wearing Napoleon's Legion d'Honeur #baffling @MuseeLegiondh pic.twitter.com/pBoMy0VY7p
— Alastair Bruce (@AlastairBruce_) 24 janeiro 2016
Outro especialista, o historiador militar Toby McLeod, observou que a Ordem de Honra nunca teria sido entregue a um monarquista-imigrante. os monarquistas-imigrantes, por sua vez, nunca usaria essa condecoração.
McLeod também observou que durante o período de tempo que abrange a história de "Guerra e Paz", os uniformes e as regras de vestimenta mudaram três vezes. Na série, aparece apenas uma variação.
Além disso, o ‘Telegraph’ listou alguns pontos em que os telespectadores estavam insatisfeitos com a série. Em particular, foi bastante criticada a escolha da atriz Lilly James, conhecida pela série de TV "Downton Abbey", para o papel de Natasha, bem como os cenários, mais associados às obras de Jane Austen do que de Leon Tolstoi.