Mais um estrangeiro na chefia da Ucrânia?

© Sputnik / Andrei Voloshin / Acessar o banco de imagensTorcedores suecas em Kiev antes do jogo Ucrânia-Suécia. Foto de arquivo.
Torcedores suecas em Kiev antes do jogo Ucrânia-Suécia. Foto de arquivo. - Sputnik Brasil
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Nos corredores de Kiev está sendo discutida a possibilidade de mais uma decisão surpreendente: o ex-chanceler da Suécia Carl Bildt pode se tornar o novo premiê ucraniano.

A informação foi divulgada pela agência noticiosa russa RIA Novosti, citando a publicação ucraniana Glavkom.

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Segundo foi divulgado, na semana passada Bildt se tornou um dos principais convidados do presidente da Ucrânia Pyotr Poroshenko para o café da manhã em Davos.

Bildt ocupou o cargo de ministro das Relações Exteriores da Suécia de 2006 a 2014 e, antes disso, além de trabalhar como negociador na Guerra de Iugoslávia e ter sido representante especial das Nações Unidas na região dos Balcãs, foi o premiê sueco entre 1991 e 1994.

Atualmente Bildt não exerce nenhum cargo, mas participa muito ativamente na vida política e social.

​O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Aleksei Pushkov na sua página de Twitter comentou de forma irônica a informação, dizendo:

"O ex-premiê da Suécia C.Bildt alegadamente pode substituir Yatsenyuk no posto do premiê da Ucrânia. Será falso? Pode ser. Mas por que não? Certamente, pior não fica".

Várias forças da coalizão parlamentar da Ucrânia estão insatisfeitas com o governo e com o primeiro-ministro atual [Arseni Yatsenyuk], insistindo na sua demissão. Antes disso, o presidente Poroshenko tinha dito que a respectiva questão não fazia parte da agenda. No entanto, no início de Fevereiro, o Gabinete de Ministros da Ucrânia deverá ser reformado.

O especialista ucraniano Aleksander Golub, copresidente do Partido Trabalhista ucraniano, comentou a questão em entrevista à Sputnik:

"Evidentemente, esta é uma manifestação da luta dos oligarcas de Kiev pelos recursos que ainda existem na Ucrânia, e Yatsenyuk pode se tornar a moeda de troca nesta luta. Quanto a Carl Bildt, eu não acredito na realidade desta opção, uma vez que ele não pode deixar de entender que, sem uma mudança de curso [político] no país e sem a mudança completa de toda a equipe governamental, é pouco provável que algo possa ser mudado".

Ele também sublinhou que a sociedade ucraniana não fica surpreendida já por muito tempo com tais notícias e opções.

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A possibilidade da demissão de Yatsenyuk é discutida há bastante tempo. Em declarações recentes, o próprio premiê atual informou que o seu partido Frente Popular deixará a coalizão se ele for demitido.

A Ucrânia foi criticada muitas vezes pela excessiva presença de estrangeiros no governo. Uma das recentes situações irônicas aconteceu quando dois altos funcionários da Ucrânia de origem estrangeira brigaram publicamente. Saiba mais aqui.

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