Para alcançar essas metas, representantes desses países estão atrás dos melhores profissionais e tecnologias disponíveis, algo que não aparece da noite para o dia. Uma estratégia que tem parecido cada vez mais interessante é a de enviar pesquisadores para centros de excelência da Rússia, onde eles têm acesso ao que há de mais moderno no setor.
Segundo a reitora da MISiS, Alevtina Chernikova, que esteve presente na mesa-redonda intitulada 'Desenvolvimento da colaboração na indústria de mineração, educação e ciência entre Rússia e países da América Latina', sua universidade, que é uma referência na preparação de profissionais para esse mercado, está com as portas abertas para os estudantes latino-americanos interessados em obter "grandes conhecimentos em matérias como ciência de materiais, metalurgia, mineração, tecnologia da informação, biomedicina, nanotecnologia e economia".
Ao comentar a questão, a ministra plenipotenciária da Embaixada da Colômbia na Rússia, Claudia Liliano Zambrano, disse que os dois países têm "muito potencial de trabalho" na mineração, e que já estão trabalhando na criação de um centro para intercâmbio de tecnologias e inovações voltadas para o setor.
Já o embaixador da Guatemala em Moscou, Herbert Estuardo Menses Coronado, manifestou que o seu país também está interessado na criação de um centro científico-tecnológico na Rússia que sirva para toda a América Central, aproximando ainda mais os países da região e a Rússia.
Em nome do Kremlin, Aleksandr Khokholikov, vice-diretor do departamento de América Latina da chancelaria russa, disse que o fortalecimento dos vínculos com o continente é uma das prioridades da política externa russa. Segundo ele, uma maior cooperação em setores como economia, investimentos, ciência, tecnologia e educação impactará positivamente no volume das trocas comerciais entre a Rússia e os países latino-americanos, que, atualmente, gira em torno dos 18 bilhões de dólares.