“Enquanto continuemos o caminho da liberdade de navegação, irão ver mais [operações], irão ver o seu crescimento em termos de complexidade e escala”, manifestou Harris.
Vale lembrar que em outubro o destróier Lassen passou a 12 milhas marítimas do território reclamado pela China sem notificação prévia, o que provocou uma reação negativa de Pequim. O navio passou sem realizar atividade militar o que é permitido pela lei internacional sob o princípio de “passagem inocente”.
Alguns especialistas sugeriram que o fato de o navio de combate não realizar exercícios militares, a passagem não ameaçava as reclamações da China. Porém, na altura o almirante Harris por sua vez não concordou com esta opinião:
“Eu acredito que a operação de Lassen na verdade desafiou alguns aspectos das reclamações da China”, disse. “Por exemplo, a exigência de apresentar aviso de antemão antes de realizar passagem inocente”.
“A China não precisa de outros que intervêm nos assuntos com palavras ignorantes”
As palavras de Harris sobre a continuação de operações de navegação da marinha estadunidense logicamente provocaram uma reação brusca das autoridades da China. Assim o porta-voz do Ministério da Defesa da China Yang Yujun disse que ficou perplexo pela declaração do chefe do Comando de Pacífico dos EUA e que as suas declarações faltam sentido comum, escreve a agência Xinhua.
Quanto à resolução de disputas, o porta-voz do departamento militar disse que a China irã travar negociações com os “países diretamente relacionados” e que o lado chinês não precisa de outros que intervêm nos assuntos com palavras ignorantes, diz a Xinhua.
A China reclama mais de 90 por cento do mar da China do Sul, mas há reclamações concorrentes por parte da Indonésia, Filipinas, Vietnã, Brunei, Malásia e Taiwan.
Os EUA não manifesta uma posição concreta na disputa territorial opõe-se fortemente à construção chinesa de ilhas artificias na região. Washington teme que as ilhas possam ser usada como postos militares, enquanto Pequim declara que irão servir em primeiro lugar para fins humanitários.