Ao longo da sessão, realizada na sede da entidade em Genebra, na quinta-feira, 28 de janeiro, Margareth Chan afirmou que “o Brasil é pioneiro no estudo da relação do vírus Zika com a microcefalia e tem avançado com agilidade nas investigações. "Podemos garantir que toda informação reportada pelo Brasil tem sido repassada pela Organização Mundial de Saúde aos pontos focais de cada país afetado pelo vírus. Todos os países estão sendo devidamente informados sobre a evolução do que está sendo feito em termos de tratamento e de combate ao vírus.”
Ouvido pela Rádio Sputnik Brasil sobre estas questões, o infectologista Francisco Hideo Aoki, Professor da Faculdade de Medicina da Unicamp (Universidade de Campinas), afirmou:
“Há transparência por parte dos governos municipais, estaduais e federal no trato da matéria, tendo sido identificados no Nordeste brasileiro, por exemplo, casos de microcefalia de uma maneira meio epidêmica que poderia ter correlação com infecção prévia pelo zika vírus à medida em que houve sintomatologia compatível nas gestantes. Esse tipo de identificação e disseminação de informações e de vigilância epidemiológica, é de uma transparência muito importante, o que faz com que os organismos brasileiros e internacionais de saúde pública fiquem contentes pois podem disseminar conhecimento no sentido de identificar, correlacionar, estudar e apresentar o melhor formato possível de combate à doença, aos vetores e às suas causas além de propor tratamento quando, de fato, ele existir. Todo esse esforço conjugado de todos os níveis de governos – federal, estaduais e municipais – faz com que tenhamos um alento em relação à possibilidade de combater adequadamente as infecções causadas pelo zika vírus.”
Na opinião do médico, todos estes esforços ganham extrema relevância neste ano de 2016 em que o Brasil atrairá pessoas de vários países não só para o Carnaval como também para as Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio de Janeiro, nos meses de agosto e setembro.