Mais cedo, tornou-se público que seis países tinham suspendido a sua participação na zona de Sсhengen.
A edição alemã Focus online explicou que de fato isso significa que Alemanha, França, Noruega, Dinamarca, Áustria e Suécia reestabeleceram o controle fronteiriço.
Nesta sexta-feira (29), a chanceler alemã, Angela Merkel, e o premiê italiano, Matteo Renzi, vão realizar um encontro que pode influir na difícil situação atual na União Europeia.
O diplomata italiano Sergio Romano que entre anos 1985 e 1989 ocupava o cargo do embaixador da Itália em Moscou, partilhou da sua opinião com a Sputnik e opinou que o encontro pode esclarecer o estado das coisas.
“Na realidade, a Europa não tem uma política migratória bem elaborada”, disse.
A crise de refugiados provocada pelos conflitos, inclusive armados, nos países do Oriente Europeu e África é avaliada como a pior desde a época após a Segunda Guerra Mundial.
Segundo o especialista, o problema deve ser tratado do ponto da vista de união dos países:
“O reestabelecimento de fronteiras de países particulares da UE não levará a nada, porque sempre será alguém que está disposto a não as respeitar. É preciso basear-se no princípio de que nós somos a União dos países e é preciso fortalecer não fronteiras nacionais, mas a fronteira extrema da União Europeia e é preciso concentrar os nossos esforços nisso”.
Enquanto isso, ele sublinhou que a Europa precisa de migrantes, porque o nível de natalidade por exemplo na Alemanha e Itália é bastante baixo.
Além disso, atualmente está em voga a ideia de separar a Europa em dois partes – uma com aqueles países que estão prontas para negar a sua soberania e aqueles que estão contra disso. Segundo Sergio Romano, esta retórica pode ser sentida nas declarações do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble. Mas o especialista opina que isso “levará a nada”.
“O fortalecimento da nossa fronteira externa é a única saída correta inclusive para aqueles migrantes que não queremos ou não podemos aceitar”, notou.