Segundo a publicação, o potencial apoio da Ucrânia à coalizão internacional liderada pelos EUA no Oriente Médio será discutido durante a visita do Secretário de Defesa norte-americano, Ashton Carter à Ucrânia nesta semana. A iniciativa foi apresentada pelo presidente ucraniano Pyotr Poroshenko.
“Elaboramos uma série de variantes do nosso apoio (na luta contra o Daesh), inclusive na Síria, o que pode significar apoio militar. Pode resultar em confrontos potenciais com os russos”, informou The Independent citando a fonte no governo ucraniano.
“A mensagem que apareceu em certas publicações sobre o alegado envolvimento das Forças Armadas da Ucrânia na luta contra o Daesh na Síria é mais um exemplo de desinformação e guerra híbrida que se trava contra a Ucrânia… Nenhumas possibilidades de usar unidades das Forças Armadas da Ucrânia com o objetivo de lutar na Síria e no Iraque não são considerados”, diz-se no comunicado.
O Ministério de Defesa da Ucrânia afirmou que Kiev está cooperando com todos os seus parceiros internacionais para regularizar a situação no Oriente Médio mas trata-se somente do apoio político e troca de informações de reconhecimento.
Há que lembrar que, em abril de 2014, Kiev iniciou uma operação militar nas províncias de Donetsk e Lugansk para apagar os focos de insatisfação com a mudança violenta de poder no país, ocorrida em fevereiro do mesmo ano.
As hostilidades deixaram mais de nove mil mortos e 20.700 feridos, segundo números da ONU.
A Ucrânia mobilizou dezenas de milhares de tropas e pediu repetidamente ajuda aos EUA em termos de equipamento, armas, treinamento e financiamento. Para além disso, é conhecido que o equipamento militar ucraniano tem muitos defeitos e o exército se caracteriza por má disciplina. Casos de deserção são muito frequentes.