"Por um longo período, a prostituição de imigrantes ilegais esteve limitada à comunidade da qual eles vinham. Mas, nos anos mais recentes, esse mercado está aberto aos europeus. Isso é novo. Esse problema está particularmente presente nas redes nigerianas. As mulheres se prostituem sob coação de um ritual voodoo, o Gugu. Essas redes também forçam os homens a mendigar", garantiu Quéré.
De acordo com o pesquisador Fabrice Balanche, parte dos problemas envolvendo essas organizações criminosas está na falta de habilidade dos refugiados para se adaptar.
"É difícil lutar contra esse fenômeno, uma vez que os migrantes vêm de países onde as máfias são onipresentes. A extensão das famílias é a fundação da sociedade, e é através delas que o indivíduo tem acesso a trabalho e goza de proteção", comentou Balanche para o Atlantico.
Segundo o especialista a única maneira de combater essas gangues é através da intervenção estatal e da integração dos imigrantes à sociedade do seu novo país.