Segundo os analistas, neste ano a Rússia exportará 23,5 milhões de toneladas de trigo, o que é 3% mais do que no ano passado. Entretanto, os EUA poderão exportar 21,8 milhões de toneladas deste grão, o pior desempenho dos últimos 45 anos.
O mercado internacional de produtos agrícolas irá mudar radicalmente neste ano – os principais países exportadores irão ser afastados por novos jogadores, escreve o Wall Street Journal. Segundo a edição, por causa da queda das principais moedas mundiais em relação ao dólar, o trigo fica demasiado caro para os países importadores. A queda do rublo, ao contrário, dá vantagens aos agricultores locais, ajudando-os a conquistar novas posições no mercado mundial.
“Hoje fornecemos grãos para 100 países. Entramos no mercado africano que, a propósito, é bastante difícil para os exportadores. Por exemplo, fornecemos grãos à Nigéria que tradicionalmente compra grãos de primeira categoria e apresenta exigências muito rígidas sobre a qualidade.Os produtores de grãos afastaram da Nigéria os [produtores] americanos que dominavam este mercado. Realizamos exportações à África do Sul. O trigo russo é até conhecido na América Latina, inclusive no México, que fica mesmo ao lado dos EUA”, disse Korbut.
“Não acho que alguém possa expulsar a Rússia dos mercados já conquistados”, concluiu.
Especialistas opinam que, se o atual ritmo for mantido, a colheita anual de grãos na Rússia irá dobrar e alcançar o nível de 200 milhões de toneladas já dentro de 10-15 anos.