Lugansk denuncia S-300 ucranianos que podem preparar provocações contra aviões civis

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A inteligência da autoproclamada República Popular de Lugansk avistou na zona controlada por Kiev em Donbass um sistema de mísseis antiaéreos S-300 que, segundo as milícias, pode ser usado para diversões, disse nesta sexta-feira (12) vice-chefe do Estado-Maior da Milícia da República, Igor Yaschenko.

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“Supostamente com o objetivo de realizar mais uma diversão contra as Repúblicas [de Donetsk e de Lugansk] na povoação de Petrenkovo [controlada pelo exército ucraniano] foi detectada a presença um sistema de mísseis antiaéreo S-300 e na área da povoação de Chuginka [também controlada pelo exército ucraniano] uma tripulação do sistema de mísseis antiaéreo Strela-10”, disse.

Ele sublinhou que estas armas são capazes de destruir jatos da aviação civil.

“As Forças Armadas da Ucrânia continuam violando as condições de permanência de equipamento militar previstas pelos acordos de Minsk. Assim, a nossa inteligência detectou no centro da povoação de Chervony Zhovten concentração de equipamento militar das Forças Armadas da Ucrânia proibido pelos acordos de Minsk”, declarou Yaschenko a jornalistas.  

Segundo ele, entre o material bélico reparado estava um blindado de artilharia autopropulsada 2S1 Gvozdika e guarnição de um sistema de mísseis antiaéreo Osa AKM.  

Em abril de 2014, Kiev iniciou uma operação militar nas províncias de Donetsk e Lugansk para apagar os focos de insatisfação com a mudança violenta de poder no país, ocorrida em fevereiro do mesmo ano.

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As hostilidades deixaram mais de nove mil mortos e 20.700 feridos, segundo números da ONU.

A questão da solução do conflito está sendo discutido, inclusive no âmbito dos encontros do grupo de contato em Minsk que desde setembro de 2014 já aprovou três documentos que regulamentam os passos de diminuição da tensão, inclusive a trégua. Porém, os dois lados do conflito denunciam violações regularmente. 

O último documento – de 12 de fevereiro – prevê um cessar-fogo global no leste da Ucrânia, retirada de armas pesadas da linha de contato e criação de uma zona de segurança, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave (tendo em conta as particularidades das regiões de Donetsk e Lugansk, acordadas com os representantes destas áreas), e também a aceitação de uma legislação sobre o estatuto de Donetsk e Lugansk.

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