"As operações militares no Iraque e na Síria estão sendo efetuadas atualmente por uma coalizão de vários países, que treinam tropas locais e as assessoram. Uma ofensiva terrestre dessas tropas locais, e também de certos países árabes, se quiserem, é decisiva [contra o Daesh], mesmo que apenas para manter as áreas reconquistadas", disse Valls.
Enquanto isso, a Arábia Saudita levantou a ideia de enviar tropas terrestres para a Síria como parte da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
Dadas as intenções da França e da Arábia Saudita, o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, advertiu na Conferência de Segurança de Munique que o envio de tropas terrestres estrangeiras para a Síria poderia levar a "uma nova guerra no mundo".
"As ofensivas terrestres conduzem, no geral, a que uma guerra se torne permanente", disse ele em uma entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal Handelsblatt. "Todas as partes devem estar obrigadas a sentar-se à mesa de negociações, em vez de provocar uma nova guerra mundial", acrescentou Medvedev.
EUA e Rússia concordaram na noite de quinta-feira (11) em estabelecer um cessar-fogo na Síria dentro de uma semana (sem deixar de atacar as posições do Daesh), a fim de reativar o processo de paz e deter o deslocamento de milhares de cidadãos no país.