Retórica americana sobre ‘tropas no terreno’ camufla questões importantes no Oriente Médio

© AP Photo / Muhammed MuheisenLivro abandonado no pátio de uma escola em Tel Rifaat, nos arredores de Aleppo, Síria (foto de arquivo)
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Recente artigo numa publicação norte-americana pede para parar de falar na questão do possível envio de tropas dos EUA para a Síria ou Iraque.

Segundo um artigo recentemente publicado no jornal americano The National Interest, a questão das tropas terrestres “causa mais prejuízos do que benefícios”. 

Segundo Tyler Herr, o autor do artigo e oficial de artilharia do Exército dos EUA, o foco da questão deve ser colocado na “estabilização da situação na Síria e no Iraque”.

“As discussões sobre se os EUA devem ou não colocar 'tropas no terreno' distraem os decisores políticos da vasta gama de opções, algumas das quais apresentam soluções viáveis,” escreveu.

O artigo recorda as várias opçõe, nas quais se incluem o plano proposto pelo Reino Unido e um outro avançado pelo militar Huba Wass de Czege, embora não mencione o proposto pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Enquanto isso, este último já está em vigor e vários especialistas internacionais admitem os seus primeiros resultados.

E, o que é interessante, os dois planos mencionados acima põem em questão a legitimidade das autoridades sírias, já o plano de Putin só tem a ver com a pacificação da situação e indica que é o povo sírio que deve decidir o futuro político da região.

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Além disso, ambos os planos contradizem aqueles apresentados pelos presidenciáveis dos EUA Hillary Clinton e Ben Carson. Clinton só vê uma solução militar para a situação e Carson compara a luta contra o terrorismo atual no Oriente Médio com a luta contra o comunismo.

Em geral, no artigo parece claro que a retórica norte-americana em relação a tudo o que acontece atualmente no Oriente Médio continua mudando.

Será que a retórica militarista não deu os frutos desejados?

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