Este é o quarto grande atentado terrorista na Turquia desde julho. No total, em atentados em Ancara e Istambul, já morreram 150 pessoas. Além disso, mais de 200 militares e policiais turcos morreram nos últimos meses em ataques do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no sudeste do país.
Ainda não há uma versão oficial dos acontecimentos. Na tarde desta quarta-feira, as autoridades de Ancara informaram sobre 5 mortos. Mais tarde, o ministério da Saúde da Turquia anunciou que foram 20 mortos e 61 feridos. Na noite da quarta-feira, o vice-premiê turco, Numan Kurtulmus, disse que o número de vítimas aumentou para 28. Segundo ele, ainda não se sabe quem realizou o atentado. As investigações serão realizadas por sete procuradores.
O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, cancelou sua visita ao Azerbaidjão, planejada para esta quinta-feira. Já o primeiro-ministro do país, Ahmet Davutoglu, cancelou sua visita à Bruxelas, onde deveria se realizar o encontro dos líderes de Estado e governo dos 11 países da UE e Turquia sobre imigração e situação na Síria. O encontro também foi cancelado em função do atentado.
Segundo o vice-presidente do comitê de defesa e segurança da câmara alta da Assembleia Federal da Rússia, Frans Klincevitch, o atentado em Ancara teve como objetivo sabotar as negociações de paz sobre a Síria.
Em conversa com jornalistas, o parlamentar russo disse que, “sem dúvidas, os organizadores desse crime tinham por objetivo escalar ainda mais a situação no Oriente Médio. Tudo aponta que o objetivo ela sabotar as negociações sobre Síria”.
Ele manifestou as esperanças de que “os objetivos dos criminosos não sejam realizados” e que as autoridades turcas “tomarão decisões de cabeça fria”.
“A Rússia, por princípio, não aceita atos terroristas como meio de solucionar quaisquer problemas. Esses atos não podem ter justificativa. Condenamos de modo enérgico a explosão no centro de Ancara e prestamos nossas condolências aos parentes e amigos das vítimas”, concluiu o senador.