Nos últimos dias, a comunidade científica foi surpreendida pela divulgação de uma nova hipótese para a epidemia de microcefalia no Brasil. Um grupo de pesquisadores argentinos defendeu a ideia de que os novos casos estariam ligados ao uso de um pesticida em reservatórios de água limpa para impedir o desenvolvimento das larvas do Aedes Aegypti, e não ao vírus da zika, como todos imaginavam. O suposto estudo, no entanto, teria como base uma nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que prontamente informou a imprensa sobre o equívoco, negando ter feito qualquer relação entre o produto em questão, o pyriproxifen, e a microcefalia.
Como a maioria dos especialistas segue acreditando que o zika vírus é o principal responsável pelo atual surto de microcefalia, o governo brasileiro segue reforçando a necessidade de combate ao vetor, o Aedes Aegypti.
Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que está "investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central informados pelos estados e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas", acrescentando que a condição neurológica especial também pode ter como causa agentes infecciosos como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.